"Contra Amazon", de Jorge Carrión
“Você não pode se apaixonar na Amazon, mas pode numa livraria“
Das muitas coisas que "Contra Amazon", do espanhol Jorge Carrión, me ensinou, uma das principais é não julgar o livro pela capa, literalmente.
Eu tinha certeza de que se tratava de um ensaio contundente contra a multinacional e que debateria todos os malefícios que ela causa, especialmente ao mercado editorial. Mas não, apesar de contar sim com essa crítica, a obra se trata na verdade de uma carta de amor aos livros, assim como as livrarias, livreiros, escritores e todos os apaixonados pela escrita.
Em meio a uma série de ensaios, me vi aprendendo demais sobre esse universo fascinante, assim como sobre obras de autores desconhecidos e livrarias mágicas em diferentes cantos do mundo.
O livro conta até mesmo com uma interessantíssima entrevista com o bibliófilo argentino Alberto Manguel, autor de “Encaixotando minha Biblioteca“, na qual ele conta, entre outras coisas, sobre a experiência de ter convivido com Jorge Luis Borges, outro apaixonado por livros.
É uma obra para saborear aos poucos, para se deliciar com cada texto, para levar na bolsa, ler em parques, cafés e até mesmo nas próprias livrarias, porque não?!
“Às vezes chegam até a mim mensagens de leitores que acharam “Contra Amazon” na Amazon e decidiram, depois de lê-lo, que não comprariam mais livros lá”, explicou o escritor em entrevista ao jornal “O Globo“.
Agora quero ler "Livrarias", livro que deu origem a “Contra Amazon“, onde Carrión fala sobre seu amor aos locais que, segundo ele, não são apenas lojas de livros, mas “espaços de contato humano, olhar, comunicação, democracia”. “Você não pode se apaixonar na Amazon, mas pode numa livraria“, conclui Carrión.
Comprando em 3, 2....
Já senti tudo!!! Já encomendei aqui!! ❤️❤️